19 de fevereiro de 2009

Twitter (tu e mais quem?)



Aquele deputado é um erro cultural. Não sei nem quero saber a sua orientação sexual, mas punha-o era a guardar porcos.


(digo eu)



na política, as novas tecnologias são importantes porque nos aproximam dos cidadãos”.


O senhor deputado provavelmente deputou assim um fraseado que twittado se torna tão público como os comentários do ministro sobre a mulher de Sarkozy apanhados pelos microfones direccionais dos repórteres.
Por acaso também acho que as novas TIC aproximam dos cidadãos alguns tiques dos políticos. É bom que os cidadãos saibam o que há por debaixo das poses sérias, enfatuadas e engravatadas.
O deputado em causa veio rapidamente desmentir que tivesse escrito aquele comentário, que não percebe muito de twitter e que alguém twittou em seu nome e que pedia desculpa e encerrava a sua conta. Até podia ser que assim fosse, mas é pouco credível e além disso até se poderia verificar recorrendo assim a um amigo especialista em informática. Encerrar a conta e armar-se em espanto também é uma boa opção. Tão boa que o Público subscreve esta tese.
Ao Correio da Manha - que também acolhe de bom grado esta versão o deputado e não transcreve o comentário, classificando-o de ofensivo para a jurista Isabel Moreira - admite que poderá ter havido negligência sua por usar a mesma password da sua página pessoal. Podia dizer que era um número de oito dígitos que começa em 1 e acaba em 2 e que coincide com uma data de que nunca se esquece. Assim o número de potenciais suspeitos seria de tal modo elevado que teria um valor superior a um atestado de inocência passado por Cavaco Presidente da República.
Isto de facto é uma grande chatice por um lado, mas para o outro, uma grande oportunidade de negócio para os produtores de outdoors. Depois do Pinócrates e do Pinoleiro (afinal quem é o Pinóquio?), já poderá estar em preparação um novo cartaz do Pinuarte. Digam lá que não seria original?

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