29 de janeiro de 2006

scan wass

Li algures que os esquimós têm para cima de um molho de palavras para designar aquilo a que chamamos neve. A mim não me chegam tantas para para exprimir a minha indignação.

Foda-se.

Só vi neve pela televisão.
A minha praia continua de areia.


Resta-meo fabuloso piano de Chano Dominguez em "Hacia Donde".
Questões de sulidade...

23 de janeiro de 2006

Ai!... (suspirotécnico)

Hoje acordei assim:

E vesti luto.
Alivia-me apenas a convicção de que ninguém será capaz de matar o sonho nem de riscar a utopia do mapa do desejo.

Fere-me esta idolatria mais do que todos os crimes:
Tanto fervor desviado e perdido!
Tanta gente ajoelhando à passagem do tempo
e tão poucos lutando para lhe abrir caminho!

Há uma vida inteira a jogar e gastar
no pano verde imenso das campinas do mundo.
Há desertos cativos de uma ausência dos povos.
Há uma guerra devastando a vida,
enquanto a supuserem redimida!
(...)
Jorge de Sena (1919-1978)

19 de janeiro de 2006

Prof.& Cia

E os seus fundamentos serão despedaçados, e todos os que trabalham por salário ficarão com tristeza na alma.
Isaías 19:10
















Como nos vamos livrar deles? Reformá-los não resolve, porque deixam de descontar para a Caixa Geral de Aposentações e diminui as receitas do IRS. Só resta esperar que acabem por morrer
Cavaco (radical) Silva, ao Público (2001)

Esta surda batalha que travo com o mar
é um íntimo desprendimentodas coisas do mundo

Oscar Acosta (1930)

e eu até acho que um dia as gaivotas virão em bandos cobri-lo de glória e de guano
e serão adaptadas as antigas anedotas do thomaz e do bush
e talvez um dia
a lua estoire e o sono estale
e a gente acorde finalmente
em portugal

16 de janeiro de 2006

Um copo vazio...

Era o vinho, meu bem era o vinho...

mas podia ser qualquer assunto.

“Eu não sou especialista de vinhos e estar a escolher um poderia ser injusto em relação aos outros. Não costumo beber vinhos. Para mim, os vinhos bons são os vinhos portugueses”

terá respondido o cãodidato ao Público.

Éróvinhoqueumaisadorava retorquiu-lhe assim:
Pois.

14 de janeiro de 2006

Stand Up Comedy

Stand Up Comedy (SUCks)
Não conheço este.
Mas parece que bate aos pontos os tipos da Sic e mais os Gatos Fedorentos e os Marretas (e a sua versão em português Cavaco-Soares) para já não falar do polícia-sinaleiro-bailarino mandado para a reforma antecipada por um par de semáforos.
Rogue-se já à onu e à unesco e à quercus e à associação pró-vida e à iurde e a toda a convenção de vilar de perdizes do padre fontes: Portugal Reserva Natural. Estas espécies têm que ser protegidas.

(foto laboriosamente roubada ao DN de hoje)

13 de janeiro de 2006

pró quê?

Passar a escrito uma gravação de escuta telefónica não é coisa fácil.
A cacafonia portuguesa é uma verdadeira instituição e assim a modos que capaz de provocar indecisões e hesitações.
Ao ouvir o som "procurador" que devo escrever?
- Pró Curador
-Procura dor
- Pró cu (não percebi o resto)
Ah pois. Era para encomendar uma pizza... Então o contexto pode ser mesmo criptográfico.
- Prok Ur Ador
Prontos. Também não é preciso Isaltar-se...

Argumentum


O Cavaco sem bigode é horroroso!

Pim!

4 de janeiro de 2006

Marqueimar

Falávamos nessa língua em que cada palavra conta uma história. Uma língua que faz nascer palavras das conversas como rebentos e enxertos coloridos.
As palavras não se inventam do nada. São somas e produtos da tabuada do viver.
E depois soltam-se por aí a correr...

3 de janeiro de 2006

Europa Querida Europa


"não sentes um vago um suave cheiro a sardinhas
a algazarra nas ruas e o troar dos tambores
somos nós querida Europa"
Fausto



Cartaz de Tanja Ostojic, para assinalar a presidência austríaca da UE, posteriormente retirado por ordem da censura protofascista europeia.

Bom dia ano novo!

Não há meio de me refazer desta preguiça blogueira. Com tanto mundo para ver e pensar e dizer. E tanto caminho para andar...

Este ano já prometi:
hei-de matar todas as saudades que tenho e todas as que me aparecerem pela frente.

É bom colher medronhos na fonte Benémola.