29 de janeiro de 2007

lição (ou li sim?) do fedorento profe

O meu amigo HFR chama a atenção para estas escolhas
O próprio não faria melhor de fedorento
Como se pode ver aqui
Verdadeiramente bolorentos marcelo e elisa juntos e ao vivo Ou seja Temos bonecos no largo da feira

As escolhas de gregório

~aCim Cim~

28 de janeiro de 2007

sim sim e sim e ainda sim


À vida pois claro E às suas circunstâncias.
Fica aqui o autocolante mais interessante da campanha E ali ao lado Para que se veja Para que se beije
~Cim~
~Cim~

11 de janeiro de 2007

ah são de graça



Inspirados pela devoção do dr macedo um grupo de empresários que por motivos óbvios não se quer identificar mas que obviamente todos sabem quem são mandou rezar uma missa de acção de graças pela protecção divina relativamente ao pagamento de impostos e ainda pelo milagre da caducidade das dívidas ao fisco

Agora deus que decida de que lado está

10 de janeiro de 2007

pela pele é que vemos....



Como num sonho, armo as estruturas de um diálogo que só se pode ter do outro lado do espelho. Aí, já a outra de mim vestiu essa pele que aceita as máscaras e olha-me nesse olhar cheio e manso e consentido ao espectacular privilégio da primeira espectadora de mim.

Escrito a outro despropósito legendário de uma foto de T.Veríssimo em 2002-11-07
Pintura de Pablo Picasso La Femme au miroir



Há coisas que serão feitas lentamente como o amadurecer das uvas Os bagos não amadurecem ao mesmo tempo Os mais precoces apuram-se enquanto esperam por algum mais serôdio Só depois se pode iniciar a vindima que como se sabe termina no dia da lavagem dos cestos se não chover antes
É assim também o diálogo do actor ao espelho enquanto despe o personagem A persona às vezes cola-se e é doloroso arrancá-la
Eu nunca contei gaivotas Elas é que me contam estórias e me fazem pensar As gaivotas As pessoas O vento As ondas As estrelas e tudo o que mexe e vive e fala e canta Conta
Vindimarei Vim de maré

3 de janeiro de 2007

crepúsculo vespertino


Eram vários especialistas Pareciam escanções do tempo
Mostravam um saber feito de olhar o céu e também as “várzeas da retentiva” Ditavam cartas de marear com terminologias estranhas a fazer lembrar adivinhações de outras cartas Contornavam os feitiços comuns sobre o sol e a lua e provavam cada pôr-do-sol como quem bebe um vinho raro



Apreciem a barra magenta magenta sobre a linha do horizonte Verdadeira púrpura veneziana
E estes nimbos alaranjados são pinceladas de fogo
E o cinabre da natália
E o violeta oblíquo do pessoa

Como vestiam todos fato e gravata fiquei ainda a saber outros detalhes técnicos da nomenklatura oficial É civil quando o centro do disco solar está seis graus abaixo da linha do horizonte É náutico quando atinge os doze E é astronómico aos dezoito
Depois
Bem
Depois todos os gatos são pardos

2 de janeiro de 2007

tlé quê?

Depois ainda hão-de vir dizer que a língua portuguesa é muito traiçoeira
O contador deve ser um nome contável Gaivota será um epiceno E assim entre senos e co-senos rebentam ondas sinusóides
Experimente a tlebs Um novo sabor na língua portuguesa
Ou então acabe com ela

Contado pelos dedos

bom ano bom

Os meus desejos são Um ano cheio de coisas boas e outras ainda melhores
Voltei a contar
Com tudo isso