Pongo estos seis versos en mi botella al mar
con el secreto designio de que algún día
llegue a una playa casi desierta
y un niño la encuentre y la destape
y en lugar de versos extraiga piedritas
y socorros y alertas y caracoles.
Na terra onde nasci não há mar onde deitar garrafas (coisa hoje ecologicamente muito condenável) Há um rio que se sabia chegar ao mar embora só mais tarde viesse a deslumbrar-me com esse estuário encontro
Alguém viu há pouco a minha infância a brincar nas margens e a lançar na corrente barcos de papel que afinal eram de esperança
Pouca gente sabe é que eu tinha um amigo também ele mário com quem baralhava ciência e poesia E um dia pusémo-nos a separar da água o naipe do oxigénio para um lado e o do hidrogénio para outro Isto é Para dentro dum balão
E o balão elevou-se no ar e foi levado pelo vento como as correntes do mar transportam mensagens em garrafas. Já não me lembro do que escrevemos na mensagem Mas hoje apetecía-me pendurar-me assim num balão bem grande E
Sorrio a quem me relembrou este poeta e estas tentações agora ouvidas aqui
MEDIOS DE COMUNICACIÓN
No es preciso que sea mensajera
la paloma sencilla en tu ventana
te informa que el dolor
empieza a columpiarse en el olvido
y llego desde mí para decirte
que están el río el girasol la estrella
rodando sin apuro
el futuro se acerca a conocerte
ya lo sabes sin tropos ni bengalas
la traducción mejor es boca a boca
en el beso bilingüe
van circulando dulces noticias
16 de novembro de 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Olá sul, obrigada pelo contributo para o nosso banco de poesia, mas vejo que também por aí andam acervos significativos. Então, aí vai, a propósito de liberdade, desta vez um bocadinho de prosa com sabor a poesia: "As raízes enfiam-se na terra, contorcem-se na lama, crescem nas trevas; mantêm a árvore cativa desde o seu nascimento e alimentam-na graças a uma chantagem: «Se te libertas morres!». As árvores têm que se resihnar, precisam das suas raízes, os homens não." (Amin Malouf, Origens)
Ontem à noite escolhi dois poemas de um livro do Mário e enviei um. O outro que não enviei é o primeiro que consta aqui.Em síntese, é preciso ter cuidado com os links entre os blogues.
O universo é um lugar estranho e cheio de conchas. Também eu me sinto às vezes muito estranha nele, mas mergulho no mar e tudo bate certo, claro que estranhamente certo.
CC
Obrigado por este tão lindo bocadinho.
Enviar um comentário