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1 de novembro de 2016

Balanceio

Há mais de um ano que não escrevo aqui. Preguiça. Não sei se é saudades de um tempo em que escrevia compulsiva e abruptamente sobre qualquer coisa, mas às vezes ainda tenho ganas. Mesmo sabendo que já pouca gente lê blogues... Por preguiça, também, acho. Que eu também quase parei a leitura dos meus blogues de estimação e optei pela facilidade de acesso (e de outras coisas de que também quereria falar) do Facebook onde nos encontramos quase todos como as prostitutas de Amesterdão. Oh, p'ra nós aqui na montra!...
Hoje vim aqui disposto a fazer uma espécie de balanço e depois de uma trabalheira que foi entrar porque o mail que dá acesso tinha tido uma tentativa de intrusão (se calhar fui eu!) e pediram-me para alterar a password e mais não-sei-quê... Depois desta trabalheira toda, chego aqui e tenho uma página em branco e ando às voltas para não me cruzar de frente com os meus medos. Mas eu estou convencido de que sou mesmo bom é a rir-me disto tudo. Só não consigo rir da dor.
Estes últimos meses foram marcados por várias peregrinações clínicas, liturgias médicas, eucaristias diagnósticas (e a carestia disto tudo!) em duas pessoas que se amam e acompanham. Diagnósticos para dois deviam ter descontos. Valha-nos por isso a santa ADSE que penitentemente pagamos há tantos anos! Temos "tristeza das células", como escreveu Jayme Ovalle, puxado por Vinicius para o seu poema Sob o Trópico de Câncer, em 1969. Mas deixemo-nos de evasivas. O que temos é um fascista de um cancro a apropriar-se das nossas células. Uma germinação burguesa e capitalista que nos acompanha dentro de nós da mesma forma que habita as sociedades. À mais pequena oportunidade, descuido, permissividade, sei lá! salta para a rua ou lança focos de sabotagem em vários pontos das cidades ou dos corpos. É preciso estar vigilantes. camaradas! Pegá-lo logo pelos colarinhos e gritar-lhes 'No passarán!'. Isto resulta melhor se nunca perdermos a nossa capacidade de rir. Se um dia formos vencidos (coisa que não estou disposto a conceder) e tivermos de morrer, que seja a rir!
Eu, a minha rapariga e uma amiga chegada estamos em luta contra esta cambada fascista. É também uma aprendizagem e uma experiência. Não estamos a morrer. Estamos a viver de forma disferente e a lutar. Unidos Venceremos! E... A luta continua!

Balanceio

Há mais de um ano que não escrevo aqui. Preguiça. Não sei se é saudades de um tempo em que escrevia compulsiva e abruptamente sobre qualquer coisa, mas às vezes ainda tenho ganas. Mesmo sabendo que já pouca gente lê blogues... Por preguiça, também, acho. Que eu também quase parei a leitura dos meus blogues de estimação e optei pela facilidade de acesso (e de outras coisas de que também quereria falar) do Facebook onde nos encontramos quase todos como as prostitutas de Amesterdão. Oh, p'ra nós aqui na montra!...
Hoje vim aqui disposto a fazer uma espécie de balanço e depois de uma trabalheira que foi entrar porque o mail que dá acesso tinha tido uma tentativa de intrusão (se calhar fui eu!) e pediram-me para alterar a password e mais não-sei-quê... Depois desta trabalheira toda, chego aqui e tenho uma página em branco e ando às voltas para não me cruzar de frente com os meus medos. Mas eu estou convencido de que sou mesmo bom é a rir-me disto tudo. Só não consigo rir da dor.
Estes últimos meses foram marcados por várias perigrenações clínicas, liturgias médicas, eucaristias diagnósticas (e a carestia disto tudo!) em duas pessoas que se amam e acompanham. Diagnósticos para dois deviam ter descontos. Valha-nos por isso a santa ADSE que penitentemente pagamos há tantos anos! Temos "tristeza das células", como escreveu Jayme Ovalle, puxado por Vinicius para o seu poema Sob o Trópico de Câncer, em 1969. Mas deixemo-nos de evasivas. O que temos é um fascista de um cancro a apropriar-se das nossas células. Uma germinação burguesa e capitalista que nos acompanha dentro de nós da mesma forma que habita as sociedades. À mais pequena oportunidade, descuido, permissividade, sei lá! salta para a rua ou lança focos de sabotagem em vários pontos das cidades ou dos corpos. É preciso estar vigilantes. camaradas! Pegá-lo logo pelos colarinhos e gritar-lhes 'No passarán!'. Isto resulta melhor se nunca perdermos a nossa capacidade de rir. Se um dia formos vencidos (coisa que não estou disposto a conceder) e tivermos de morrer, que seja a rir!
Eu, a minha rapariga e uma amiga chegada estamos em luta contra esta cambada fascista. É também uma aprendizagem e uma experiência. Não estamos a morrer. Estamos a viver de forma disferente e a lutar. Unidos Venceremos! E... A luta continua!

2 de janeiro de 2012

Doze passas

Sou muito mau para rituais. Talvez por isso me sinta sempre do lado da subversão, até daqueles mais inocentes. Vale o tempo de encontro com famílias e amigos, o tempo que passamos à mesa, lugar de excelência para brotarem grandes ideias. Já tenho chamado a estas refeições "seminários" porque muitas vezes é o que verdadeiramente acontece pelo meio de comida tão interculturalmente variada que pode ir do caril de camarão à açorda de bacalhau, das rabanadas ao cheesecake, do vinho de Pias ao de Palmela, do CR&F ao Armagnac. Trocam-se saberes marinheiros, agricultores, literários por histórias de viagens e receitas de cozinha e outras.
O resto cumpre-se, por mim sem convicção nenhuma, porque dos rituais só acho graça mesmo é à sua coreografia.
A coreografia da passagem de ano é algo confusa e reveste-se de demasiada complexidade para que a aprenda, de modo que fico-me por uma versão mais simplificada apenas para celebrar a festa.
Celebro a entrada no novo ano com um abraço a cada um dos presentes com o desejo sincero de que tenham a saúde, a força e a inteligência para vencer os obstáculos (são tantos) e ainda lhes sobre o suficiente para ser felizes. Também toco os copos e como as passas, mas sem isso também passava.
Não me entendo muito bem com esse enredo de associar um desejo a cada passa. Não sei guardar desejos assim para um dia, ou uma noite, e lembrar-me deles todos em cerca de um minuto. Nunca consegui juntar doze desejos, de modo que sobram sempre passas.
É claro que tenho desejos, aspirações, votos, projectos, vontades... E desejo ser uma pessoa melhor, ser capaz de amar mais, ser mais generoso com os outros, saber mais, ter mais tempo para dedicar ao mundo... E isso é também coisa de todos os dias, tirando aqueles dias em que não me apetece nada, porque também os tenho.
Este ano, fingindo que acredito nessa energia concentrada que ajuda a realizar desejos, juntei as passas todas para o efeito ser mais forte, meti-as todas de uma vez na boca e engoli-as com meio copo de champanhe com uma ideia na cabeça:
"Que bom seria que este mundo mudasse e deixasse de ter lugar para os que nos têm vindo a empobrecer materialmente e, sobretudo, a matar-nos a esperança".

15 de outubro de 2011

Outubro ou nada

15Out MARCHA DA INDIGNAÇÃO






A cabeça da minife





Um protesto que diz respeito a quase todos



Animação e criatividade contagiante





Meninas estais à janela



A indignação também faz sede




E o povo até pode desejar um carro novo




Ou habitação condigna
E...


E também houve beijos e namoro. Manifestos (e many festas).




20 de agosto de 2010

Teerão há 43 anos

Teerão recebeu a Conferência Intenacional sobre Direitos Humanos em 1968.
A conhecida Declaração de Teerão comprometia todos os Estados membros das Nações Unidas a lutarem pela paz e contra o colonialismo e todas as formas de opressão e discriminação baseadas na raça, na crença religiosa e particularmente contra as mulheres.


15. The discrimination of which women are still victims in various regions of the world must be eliminated. An inferior status for women is contrary to the Charter of the United Nations as well as the provisions of the Universal Declaration of Human Rights. The full implementation of the Declaration on the Elimination of Discrimination against Women is a necessity for the progress of mankind;

19 de agosto de 2010

21 de janeiro de 2009

Tu podes, pá!


Yes, you can!
Muito se tem dito sobre esta onda de esperança com a eleição de Barack Obama para presidente dos Estados Unidos da América. Eu próprio, antiamericano quase natural, me deixei contaminar por esta onda que vem bem ao encontro daquilo que são os meus desejos para o mundo. Paz, justiça, equidade entre as pessoas e os povos no acesso aos recursos, respeito pelos direitos humanos, respeito pelo ambiente.
Gostei sinceramente de alguns discursos que li e acho que tirando uma ou outra coisa, são de fazer inveja a muita prosápia que se diz de esquerda e progressista (mas o homem também nunca disse que era de esquerda nem eu sei o que é isso nos EUA). Soube ontem que os seus discursos são escritos por um rapaz de 27 anos, mas a força e convicção não se pedem emprestados (li há dias, a propósito de histórias bíblicas, que as belas narrativas não tem autores, têm contadores) e este homem já foi capaz de fazer acreditar a meio mundo que algo vai mudar.
Quem me conhece sabe que, apesar de tudo isto, eu, que sofro de um cepticismo quase crónico, mantenho algumas reservas até que se cumpram algumas condições:
- retirada das tropas de ocupação do Iraque, cedendo o lugar a uma força de paz, se for esse o entendimento das Nações Unidas
- sujeição plena às regras do Tribunal Penal Internacional
- adesão voluntária à Plataforma de Quioto, com todas as consequências em plano de igualdade com todos os outros países
- tomada de posição clara e equidistante relativamente ao conflito do Médio Oriente
- encerramento do campo de concentração de Guantánamo e libertação de todos os presos sem culpa formada
Yes, you can!
Fiquei a saber hoje nas notícias que já foi dada ordem para suspender todos os processos relativamente a Guantánamo. Fico contente, mas é preciso muito mais. Sei que não vai ser fácil e que isso vai mexer com interesses muito poderosos, mas se assim não for o mundo nada colherá da esperança semeada durante os últimos meses.
Yes, you can!
Só mais uma coisa em jeito de rodapé: fiquei a saber que um descrente como eu, ou um devoto de uma outra religião não cristã, mesmo que ganhasse as eleições não poderia tomar posse como presidente dos Estados Unidos. Pelo menos assim. É que o protocolo oficial de tomada de posse inclui o jurar sobre a bíblia e invocar a ajuda de deus para cumprir o mandato.
Já agora, e na linha do seu discurso sobre a tolerância religiosa, seria bom retirar das notas de dólar a frase in god we trust, quanto mais não seja, porque essa confiança não tem dado resultados e deve ser antes procurada e fomentada nos que gerem a banca e outros grupos financeiros.

1 de janeiro de 2009

Olá 2009


para o mundo

para aqueles que amo

para mim

para todos os outros



saúde e energia para


a construção da paz

respeito entre os povos

combate à fome e à doença e à pobreza


a força e tenacidade para concluires a tese

estabilidade para continuares a fazer o que tanto gostas

mais aventuras com as meninas


um lugar especial no teu coração

compromisso maior na inovação e mudança

generosidade


inteligência e sabedoria para não deixar o mundo pior do que estava quando nascemos.


um bom resto de ano 2009

4 de setembro de 2008

Hesito. Êxito. Exit. Existo.


Entre o silêncio e a fala sibila-se um tremor nos lábios
nascido no peito

Desfiam-se e desafiam-se lembranças dum sol maior
de quinta perfeita

Acordo com a cor da fuga estupidamente gravada
no frio do espelho

Entre o luto e a luta há uma ponte suspensa de bruma
quase a esfumar-se

4 de julho de 2008

Bebé Luís Filipe

Já perdi a conta aos anos e aos abraços de amizade que já demos.
Juntos, já estudámos , fizemos trabalhos, jantares, caminhadas, praia e amigos.
Há dias falámos ao telefone. Queria eu saber de férias e encontros e mais abraços.
Este anos não marcámos nada. Vou ter um bebé.
Senti-me logo culpado por nunca mais me ter lembrado dessas esperanças, nem ter perguntado nada sobre a gravidez. Sim, claro. Vais ser avó... Ao que ela prontamente atalhou. Vou é ter um bebé!
Hoje mandou-me um mail a apresentar-me o seu bebé.
A minha amiga está tão feliz e essa contagiante e terna felicidade só pode ser o melhor para se crescer bem.
É o que eu desejo a esta família com o maior carinho.
Grande abraço G. e também aos pais F. e S. e tia I.
Felicidades

20 de junho de 2007




A soletrar solstício parei em ti.
A sílaba tónica, atónita, de repente repleta de luz. Enquanto tento vencer este ataque aliterante alguma coisa está a acontecer à distância que separa a terra do sol. Dizem que é o universo na sua infinita expansão. Deve ser por isso que ficamos longe da pele e do respirar. Deve ser...

Amanhã começa o verão.
Haja luz!