"O Teatro do Aborrecimento Mortal reconhece-se à primeira vista, pois é sinónimo de mau teatro. Sendo esta a forma de teatro mais frequente, e aquela que se encontra mais associada ao teatro comercial, alvo de desprezo e de ataques constantes, poderá parecer uma perda de tempo insistir em criticá-lo. Contudo, só teremos consciência da real dimensão do problema se percebermos que as coisas aborrecidas são enganadoras e que podem surgir em qualquer momento".
(Peter Brook, O Espaço Vazio)
Acabado de vir do comício do Bloco de Esquerda, em Faro, onde fui ver se me convencia a ir votar no próximo dia 25, nas eleições para o Parlamento Europeu.
A única coisa que me animou foi a reivindicação da "reestruturação da dívida" que o BE continua patetalegremente a proclamar como sendo uma coisa de esquerda e que reclamará como uma grande vitória no dia em que a direita tomar isso como um feito seu. Inevitavelmente.
Sobre a Europa não ouvi uma ideia. Apenas que existem alternativas e que há outros com quem estão unidos no PE. Enfim, o discurso político do "aborrecimento mortal". Na forma não se distingue muito dos outros. E aqui, a forma é também conteúdo. Mortal. Uma esquerda a tornar-se mortal para si própria.
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