Sou neto de um soneto clandestino
que se albergou debaixo da saia
duma écloga de ciência gaia
idílio foi meu pai por ser menino
Trova achada ali em desatino
bordou loas em lenço de cambraia
foi medida nova em plena praia
cantada por meu pai já era hino
Até aqui nada de anormal
nasci de um arrogo futurista
uma transgressão feliz mas banal
Depois caí numa fonte anarquista
eis-me anfiguri experimental
do acaso formal e concretista
21 de agosto de 2006
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2 comentários:
Bem piado!
Gostei
abr
Pedro
Gaivotinha
Ainda bem que não sabes o que é a sensação de se envelhecer e ter na alma o sonho...
Gostei muito deste teu ultimo "piado"...
Tenho pena de não conviver mais contigo.
Serás um dos homens,poéticos, que eu gostaria que me levasses nas tuas asas de gaivotinha errante, um dia, quando o meu poente acontecer...
Beijinho doce, da tua amiga
Ginjinha
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