27 de setembro de 2006

lieb air tea

Translingue regresso à praia e volto a sentar-me à beira Contemplativo Imune à retórica do mercado capitalista
Imagino que te aproximas Sandálias na mão E vens sentar-te comigo lídia Não à beira do rio mas do mar Adivinho-te as perguntas apenas pelo teu odor
Começo por pensar que só me sinto feliz quando começo qualquer caminho que julgo poder levar-me a esse sentir Não se trata de um estado de embriaguês De vinho De paixão Ou de virtude Assim falou baudelaire (beau de l'air) Não É mais assim um não-sei-quê Percebes
Desta vez nem foi preciso enlaçarmos as mãos
Coitado do Ricardo Reis

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