Há poéticas espalhadas nas notícias a cruzar a ciência do espaço com outras órbitas e trajectórias do amor. Achei-me já tantas vezes a navegar por algumas dessas distintas poéticas incluindo as mais óbvias e não desdenho nada de quem, mão na mão tece promessas de amor feliz com a lua por testemunha.
Aprendi de miúdo a reconhecer e a quase venerar o luar de Agosto, aquele que nos permitia brincar na rua até altas horas e jogar com as sombras. Saberá disto quem cresceu no campo e brincava em terreiros desprovidos de iluminaçao pública. Na escola aprendi coisas mágicas e saberes deliciosos sobre a lua. Compreender as fases da lua, a sua eclíptica e tudo o que envolve o que é aparente e inaparente neste satélite, abriu-me um largo campo de metáforas que vão muito para além dos sortilégios e juras de amor.
Hoje está na noite o que se chama uma "blue moon" (foi tema de uma canção que também ouvia na rádio - não sabia o que dizia a letra, mas era sempre anunciada como "lua azul") e quase que a vi nascer. Apanhei-a assim, a partir do cais de Faro, a subir entre Olhão e a ilha do Farol.
Assim sendo, se hoje alguém se sentir personagem de um romance, estrofe de um poema, parte de uma sinfonia, movimento de um bailado... devem ser mesmo os famosos efeitos da lua.
Hoje está na noite o que se chama uma "blue moon" (foi tema de uma canção que também ouvia na rádio - não sabia o que dizia a letra, mas era sempre anunciada como "lua azul") e quase que a vi nascer. Apanhei-a assim, a partir do cais de Faro, a subir entre Olhão e a ilha do Farol.
Assim sendo, se hoje alguém se sentir personagem de um romance, estrofe de um poema, parte de uma sinfonia, movimento de um bailado... devem ser mesmo os famosos efeitos da lua.
O crepúsculo de hoje no cais.