Eram outras lutas e outras as formas de lutar. Lembro-me da audição clandestina, mas ao mesmo tempo capaz de puxar o som ao máximo, num desafio adolescente. Era sentido como uma forma de resistência e luta. Causava-nos um arrepio e uma vertigem como se o regime e a guerra fosse acabar já a seguir.
Ontem, como hoje, resistir é já vencer.
Resiste, meu Amor, resiste,
Nas grades do país-prisão,
Não mostres esse ar triste,
Não mostres desolação.
Não, meu Amor,
Não penses que te deixei,
Eu tenho milhões de irmãos
E como eles te salvarei.
De vermelho a nova aurora,
De vermelho vai chegar,
Sorrirá quem chora agora
Quando eu cantar novo cantar.
Luís Cília
Pode ouvir-se aqui.
13 de janeiro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Musica simples e por isso tão tocante, de um tempo outro que no entanto ainda ecoa em nós. "Resistir já é vencer", adorei essa frase.
Enviar um comentário