20 de janeiro de 2009

Luz


Deve ser bonito o Universo olhado do sítio que se deseja. Mais bonito com a cúmplice mão-dada e o sorriso a iluminar-se quente mesmo quando o sol se inverna assim preguiçoso.

Mas eu não estava e sempre estive lá. A olhar o Universo com os teus olhos.

Entretanto os meus amigos, de outros saberes também universalistas, enviaram-me a habitual newslwtter e não resisti a esta epígrafe:


«Il faut conserver dans nos esprits et dans nos coeurs la volonté de lucidité, la netteté de l’intellect, le sentiment de la
grandeur et des risques, de l’aventure extraordinaire dans laquelle le genre humain, s’éloignant peut-être des conditions
premières et naturelles de l’espèce, s’est engagé, allant je ne sais où
. »

P. Valéry ‘La Politique de l’Esprit’, 1932

Que é mais ou menos o mesmo que (tradução minha):

«É necessário conservar nos nossos espíritos e nos nossos corações a vontade de lucidez, a clareza do intelecto, o sentimento da grandeza e dos riscos, da aventura extraordinária na qual o género humano, afastando-se talvez das condições iniciais e naturais da espécie, se comprometeu, indo sei lá onde.»

E não consegui deixar de pensar em todas as complexas coisas que se passam e estão a acontecer hoje aqui e ali; deste e do outro lado do Atlântico; deste e do outro lado do equador.


O Bolero de Ravel inicia o seu ostinato no telemóvel e nem preciso de ver quem me liga.

Do outro lado brilham constelações.


É por isso que este post vai todo escrito em Lucida Grande.

1 comentário:

CCF disse...

Constelação beijo, recém descoberta no Universo.
~CC~