7 de fevereiro de 2008

Aprender a contar

Uma tangente à bem Querença capaz de Salir por aí a plantar amendoeiras em flor trazia desejos nos pés para a geografia da dança.
Afinal, era carnaval.


Vam ao baile vem ao baile
Pelo braço ou pelo nariz
Vem ao baile vem ao baile
E vais ver como te ris

Deixa a tristeza roer
As unhas de desespero
Deixa a verdade e o erro
Deixa tudo vem beber

Vem ao baile das palavras
Que se beijam desenlaçam
Palavras que ficam passam
Como a chuva nas vidraças

Vem ao baile, oh tens que vir
E perder-te nos espelhos
Há outros muito mais velhos
Que ainda sabem sorrir

Vem ao baile da loucura
Vem desfazer-te do corpo
E quando caires de borco
A tua alma é mais pura

Vem ao baile vem ao baile
Pelo chao ou pelo ar
Vem ao baile baile baile
E vais ver o que é bailar


Alexandre O'Neill

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