24 de dezembro de 2007

Prenda

Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos.
Encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar.
Encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.

Chegada da guerra,
fiz tudo p´ra sobreviver, em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei
às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem,
encosta-te a mim.


Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes.
Vizinha de mim,
deixa ser meu o teu quintal,
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como foi.

Eu venho do nada
porque arrasei o que não quis
em nome da estrada, onde só quero ser feliz.
Enrosca-te a mim,
vai desarmar a flor queimada,
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo, e o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar,
mas quero-te bem.

Encosta-te a mim

Encosta-te a mim

Quero-te bem.

Encosta-te a mim


A canção que ia fazer para te pôr no sapatinho.
O Jorge Palma adiantou-se. Paciência...
Beijo na tal

2 comentários:

Xantipa disse...

Espero que «a tal» não se incomode por eu andar a meter aqui o nariz, mas também eu acho que este poema e esta música são lindas. Se queres que te diga, já me enjoam um bocadinho as «injecções» que nos dão na rádio, mas tenho um truque: mudo de canal e só a oiço quando me apetece, no CD!
;)
Boas Festas, amigo!
Beijinhos

CCF disse...

Vamos lá a deixar a preguiça e voltar à escrita, tenho saudades de de ter!
Beijo
~CC~