Escrevi o post anterior antes do debate Sócrates vs. Passos Coelho e teci alguns prognósticos pelos quais tenho que me penitenciar. Mesmo não tendo andado na escola stalinista da santificada autocrítica, confesso (credo!) que errei. Arroguei-me de uma jactância política que de facto não tenho. Errei. Pronto, admito o meu erro. Esforçar-me-ei por me corrigir e não voltar a falar do que não sei.
Comecei por errar na cor das gravatas. Eu anunciei que eram ambas azuis, embora uma mais clara que a outra, ou para ser mais exacto, uma ligeiramente mais escura que a outra. Nada mais errado. A cor, na gama do vermelho alaranjado ou, talvez, cinabre, era de facto uma mais ecura que a outra, mas não deixava dúvidas. Ainda tentei invocar a meu favor que numa televisão a preto e branco ninguém teria dado pela diferença, mas hoje, com ecrãs planos, ele-cê-dês, plasmas, agá-dês, meos e zons que param, andam para trás e para a frente... estas pequenas diferenças políticas não escapam ao olho crítico do povo eleitor.
Outro erro meu, de que obviamente me penitencio, foi o ter vaticinado um estrondoso empate. Nada mais falso. Ainda que tivesse empatado uma hora a ver os dois debatentes a empatarem-se um ao outro a ver se nenhum conseguia dizer algo essencial, a coisa ficou claramente resolvida, ainda antes de terem passado cinco minutos sobre o final do debate. Passos Coelho ganhou com duas voltas de avanço e o seu adversário Sócrates nem deu para aquecer.
Assim vale apena. Ou, melhor, nem valia a pena ter havido debate. Os comentadores resolviam isso muito melhor e sem qualquer dúvida. Eu sei que alguns comentadores, também são candidatos... Mas não poderiam ser todos? E já agora, pelo PSD, claro.
22 de maio de 2011
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