Senti. Sem ti.
29 de maio de 2011
22 de maio de 2011
Erros políticos
Escrevi o post anterior antes do debate Sócrates vs. Passos Coelho e teci alguns prognósticos pelos quais tenho que me penitenciar. Mesmo não tendo andado na escola stalinista da santificada autocrítica, confesso (credo!) que errei. Arroguei-me de uma jactância política que de facto não tenho. Errei. Pronto, admito o meu erro. Esforçar-me-ei por me corrigir e não voltar a falar do que não sei.
Comecei por errar na cor das gravatas. Eu anunciei que eram ambas azuis, embora uma mais clara que a outra, ou para ser mais exacto, uma ligeiramente mais escura que a outra. Nada mais errado. A cor, na gama do vermelho alaranjado ou, talvez, cinabre, era de facto uma mais ecura que a outra, mas não deixava dúvidas. Ainda tentei invocar a meu favor que numa televisão a preto e branco ninguém teria dado pela diferença, mas hoje, com ecrãs planos, ele-cê-dês, plasmas, agá-dês, meos e zons que param, andam para trás e para a frente... estas pequenas diferenças políticas não escapam ao olho crítico do povo eleitor.
Outro erro meu, de que obviamente me penitencio, foi o ter vaticinado um estrondoso empate. Nada mais falso. Ainda que tivesse empatado uma hora a ver os dois debatentes a empatarem-se um ao outro a ver se nenhum conseguia dizer algo essencial, a coisa ficou claramente resolvida, ainda antes de terem passado cinco minutos sobre o final do debate. Passos Coelho ganhou com duas voltas de avanço e o seu adversário Sócrates nem deu para aquecer.
Assim vale apena. Ou, melhor, nem valia a pena ter havido debate. Os comentadores resolviam isso muito melhor e sem qualquer dúvida. Eu sei que alguns comentadores, também são candidatos... Mas não poderiam ser todos? E já agora, pelo PSD, claro.
Comecei por errar na cor das gravatas. Eu anunciei que eram ambas azuis, embora uma mais clara que a outra, ou para ser mais exacto, uma ligeiramente mais escura que a outra. Nada mais errado. A cor, na gama do vermelho alaranjado ou, talvez, cinabre, era de facto uma mais ecura que a outra, mas não deixava dúvidas. Ainda tentei invocar a meu favor que numa televisão a preto e branco ninguém teria dado pela diferença, mas hoje, com ecrãs planos, ele-cê-dês, plasmas, agá-dês, meos e zons que param, andam para trás e para a frente... estas pequenas diferenças políticas não escapam ao olho crítico do povo eleitor.
Outro erro meu, de que obviamente me penitencio, foi o ter vaticinado um estrondoso empate. Nada mais falso. Ainda que tivesse empatado uma hora a ver os dois debatentes a empatarem-se um ao outro a ver se nenhum conseguia dizer algo essencial, a coisa ficou claramente resolvida, ainda antes de terem passado cinco minutos sobre o final do debate. Passos Coelho ganhou com duas voltas de avanço e o seu adversário Sócrates nem deu para aquecer.
Assim vale apena. Ou, melhor, nem valia a pena ter havido debate. Os comentadores resolviam isso muito melhor e sem qualquer dúvida. Eu sei que alguns comentadores, também são candidatos... Mas não poderiam ser todos? E já agora, pelo PSD, claro.
20 de maio de 2011
E se mais houvera, lá chegariam...
O grande problema do nosso sistema democrático é que permite fazer coisas nada democráticas democraticamente.
José Saramago
O espectáculo está montado: no canto direito - gravata azul, 79 quilos, 34,8% das intenções de voto - o candidato a primeiro miniiiiiiistro! No canto esquerdo - gravata também azul, mas um pouco mais escuro, 80 quilos, 34,7% das intenções de voto - o outro candidato a primeiro miniiiiistro! Cumprimentem-se os adversários. O grande combate vai começar!
O árbitro adverte que não admite golpes baixos e que o KO está proibido, incluindo o KO técnico.
O resultado já se sabe: um monumental empate.
Esta gente empata o país e destrói o único capital que nos resta: a esperança.
Acho que só há uma pergunta que os dois debatentes deviam ser obrigados a responder.
O PS e o PSD alternaram no poder durante 35 anos e conduziram o país à desgraça em que está. Ainda que tivessem tido umas ajudas temporárias (mas profundas) do CDS, como é que conseguiram?
Já disseram tudo. Menos isso.
Mesmo sem o saber, 80% do povo eleitor está firmemente decidido a votar nos três partidos do arco da velha, perdão, do arco do poder, imaginem se soubessem!... Ainda se aproximavam dos 100 por cento. Sem dúvida.
José Saramago
O espectáculo está montado: no canto direito - gravata azul, 79 quilos, 34,8% das intenções de voto - o candidato a primeiro miniiiiiiistro! No canto esquerdo - gravata também azul, mas um pouco mais escuro, 80 quilos, 34,7% das intenções de voto - o outro candidato a primeiro miniiiiistro! Cumprimentem-se os adversários. O grande combate vai começar!
O árbitro adverte que não admite golpes baixos e que o KO está proibido, incluindo o KO técnico.
O resultado já se sabe: um monumental empate.
Esta gente empata o país e destrói o único capital que nos resta: a esperança.
Acho que só há uma pergunta que os dois debatentes deviam ser obrigados a responder.
O PS e o PSD alternaram no poder durante 35 anos e conduziram o país à desgraça em que está. Ainda que tivessem tido umas ajudas temporárias (mas profundas) do CDS, como é que conseguiram?
Já disseram tudo. Menos isso.
Mesmo sem o saber, 80% do povo eleitor está firmemente decidido a votar nos três partidos do arco da velha, perdão, do arco do poder, imaginem se soubessem!... Ainda se aproximavam dos 100 por cento. Sem dúvida.
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