16 de janeiro de 2010

Lima na trama

Nos tempos da Mata-Hari também havia escutas e consta que a famosa espia escutava para um lado e para o outro sem auxília de quaisquer MAE (meios auxiliares de escuta) como hoje tanto se usa. Constava ainda que a dita que parece que escutava deitada entre os lençóis e directamente enrolada nos escutados. Há quem afirme que a mulher usava uma faca na liga e que não hesitaria em usar se a coisa desse para o torto (não era bem essa coisa...), mas isso nunca ficou comprovado.
Pelo contrário, aquele que mora em Belém à espera de voltar a ser eleito Presidente da República para continuar a ser o personagem mais parecido com o Américo Thomás (com vantagem para este último que pouco falava e raramente aparecia) teima em mostrar a toda a gente que usa Lima na trama.
O que isto significa é:
O senhor Presidente manda dizer que ninguém fala por ele e, tal como eu, acha que o país devia preocupar-se (o presidente farta-se de fazer cara de preocupado, mas ninguém liga) com outras prioridades e não andar aqui com fé diveres, percebem seus fazedores de factos políticos?
Este Lima, quando sublima é sublime.
É tramado, não é?

sonhos sem legendas

Quando me namoras em inglês
só me lembro de
forever

13 de janeiro de 2010

Um horror

As imagens que nos chegam da tragédia do Haiti confrontam-nos com a precariedade da nossa existência. Não se imagina que isto possa acontecer, mesmo que a terra trema como há pouco tempo sucedeu aqui.
Depois, parece que são já os mais pobres os mais fustigados pelas catástrofes naturais.

9 de janeiro de 2010

Aprender em Festa

Almoço dos 20 anos do GAF


É uma verdadeira festa. São homens e mulheres e algumas crianças já aqui nascidas. Fazem todos a festa onde misturam saberes e sabores com que põem ânimo em cada acção.
Um caso a estudar. Em estudo.
A minha rapariga traz-me para dentro destes sonhos e trazemos ambos abraços quentes de amigos.

O António, o dr. António é a figura tutelar de uma utopia daquelas que pensamos que já não há. E depois quer saber de todos o que fazer para fazer futuro.
Só conseguimos ter uma resposta: "fazer meninas e meninos" que sejam bons, saudáveis e que aprendam a festa que é fazer o futuro. Que o façam em festa!

Grupo Aprender em Festa
Gouveia

8 de janeiro de 2010

Bom ano!

2010 é um ano tão redondo!
Eu até diria que é um bom ano para lançar sementes, cultivar desejos, abraçar projectos...

Elas adoram as séries da FoxLife que a Zon dá no pacote básico. O Meo deve ter tido umas reclamações e há uns tempos começou a anunciar que em Janeiro o Meo já teria os canais Fox. E assim foi. No dia de ano novo foi uma grande felicidade a dissecar a Anatomia de Gray e a Clínica Privada, com os médicos a passar de uma série para a outra, enfim. Eu, talvez por já ter andado muito por dentro destas coisas da saúde incluindo serviços de urgências, não sou grande fã destas aventuras, fiquei também muito agradado com esta decisão do Meo de que sou cliente.
Afinal, a coisa não é bem assim. O Meo deu a FoxLife durante dois ou três dias e depois passou a um slide com a informação de compra do pacote dos canais Fox. Está mal. Eu desejoso de partilhar o sofá com elas e agora o Meo faz-me isto!


Foi hoje aprovada a lei que permite o casamento de pessoas do mesmo sexo.
Nunca compreendi porque é que gente de esquerda, revolucionária e comunista é tão apegada a uma instituição que ao longo dos séculos tem tido fundamentalmente como finalidade assumida o emparcelamento e transmissão da propriedade. Há pouco mais de um século a crescente predominância burguesa trouxe o amor para o casamento, mas não alterou muito o essencial da sua natureza. Mas, pronto, são convenções sociais e aprendemos a viver com elas.
As religiões que sempre tiveram o seu poder e uma forma que têm de o exercer é através de uma espécie uma legitimação das diferentes instituições, sendo que muitas vezes essa ligitimação é a mais poderosa, se não, a única e ex clusiva. Na nossa cultura, a igreja católica pode "abençoar" os casamentos que quiser, ou recusar essa bênção quando entende que não se reunem as condições exigidas. Tudo muito certo, desde que se respeite o princípio da separação entre a igreja e o estado.
Não consigo entender toda esta movimentação das sacristias para o referendo sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Acho até ofensivo para a democracia que a senhora Pegado, lá porque reuniu 90 mil assinaturas, queira que isso valha mais que o Parlamento. Tem assinaturas suficientes, penso eu, para formar um partido, ir a eleições e depois sim. A petição só obriga a Assembleia a discutir o assunto e esgota-se aí uma vez recusada a proposta de referendo.
A Assembleia decidiu e, quanto a mim bem, acabar com a discriminação. É um passo importante, mas este caminho está longe de ter terminado. Os homossexuais têm razão para festejar, mas falta ainda a promulgação da lei. É claro que o Cavaco vai vetar. E basta-lhe a invocação da inconstitucionalidade da norma que exclui a adopção. Nem precisa de se expor ao veto político que seguramete usará se necessário.
O PS fez mal. Isto faz-me duvidar da bondade das suas intenções. A questão da adopção não tem que ser para aqui chamada. Por um lado, a homens e mulheres homessexuais não está legalmente vedada a possibilidade de adoptar uma ou mais crianças, por outro, os mecanismos da adopção já, em princípio, protegem aquilo que é essencial que é o suprerior interesse da criança, independentemente dos interesses dos candidatos à adopção. Em princípio... escrevi ali atrás.
Portanto, ou eu não estou a perceber nada disto ou, o PS faz aprovar uma coisa justa e boa, mas armadilhada. Ou seja, a ser assim, uma boa maneira de sair de bem com deus e com o diabo.

Um bom e justo ano de blogandança