28 de setembro de 2009

Ruído do Roído


imagem daqui
Dizem que é uma espécie de surdez sórdida ensaiada sob telhados de vidro e rabos de palha. O esposo da prima donna que está temporariamente a fazer as vezes de presidente da república portuguesa dos maracujás faz lembrar a anedota de um tipo que numa visita a uma fábrica de cerveja caiu dentro de um tanque da dita e, antes de se afogar veio três vezes à superfície para pedir tremoços. Este vem quebrar o silêncio para dizer que se vai manter em absoluto silêncio. E assim será até se afogar no seu próprio emunctório.
Há uns anos disse a alguém bastante devoto de sua excelência que ainda estariam por fazer as contas dos prejuízos que Cavaco já tinha provocado ao país e à democracia. Quando foi eleito para Presidente da República, senti vergonha e vontade de pedir a demissão de português. Sempre soube que o homem não tem nível nenhum e não votaria nele nem para a administração do condomínio.
Com tudo o que tem acontecido está tudo à espera que Cavaco fale. Que explique os imbróglios em que se tem metido e os que tem encomendado. Para já não falar na sua proximidade ao Bando Português de Negócios manhosos donde retirou lucros mais avultados do que o alegado suborno do Freeport dividido por todos os suspeitos (familiares também incluídos). Está tudo à espera que o senhor fale, eu não. O escândalo é tão óbvio que não são necessárias escutas, nem óculos para 3D, nem nariz de longo alcance. A coisa é tão ruidosa; tão claramente visível; cheira tão mal... que o melhor é mesmo não mexer.
A única coisa que poderia dizer ao país era pedir desculpa aos que o elegeram e ainda acreditam nele e resignar ao cargo.

Não sei o que é que a nossa constituição prevê em termos da destituição do cargo de Presidente da República; se há em Portugal alguma espécie de impeachment, ou como se traduz em português este processo.
Cavaco já ofendeu tanto o cargo que ocupa que se arrisca a provar que qualquer galo de barcelos acompanhado de um chalavar de caranguejos desempenharia melhor aquele papel e as instituições funcionariam regularmente, mais veto menos veto, ao sabor dos ventos e das marés na sua ordem natural.
Na minha modesta opinião devia ser destituído através de um processo de impeachment.
Fica-me apenas uma dúvida de tradução: não sei se devia ser "empessegado" se "empichado".

Pausa de semibreve.

Sem comentários: