29 de setembro de 2009

Vulner(in)abilidades

O meu sistema tem também de facto algumas vulnerabilidades.
Não se aguenta com a vergonha de ter tal espécie em presidente do meu país.

Tição

Um cavaco queimado é um tição. E tição é coisa perigosa: pode incendiar tudo.

Cavaco falou e como eu previa não clarificou nada do que se estava à espera. Não se percebe o que é que ele pretende com tanta asneira, com tanta irresponsabilidade. Veio trazer mais uma acha (cavaco) para a fogueira.

O Daniel Oliveira escreve no Arrastão:
Das duas uma: ou Cavaco Silva está a ser sincero em toda esta novela e então o seu grau de paranóia é bem superior ao que se julgava; ou está a tentar manipular opinião pública num assunto de uma enorme gravidade e teremos de concluir que o país colocou em Belém um homem perigoso.

Pode ser. Mas também pode ser que esteja a criar o caldo de cultura para indigitar a Manuela para formar governo com o CDS. As declarações destes dois partidos não deixam muitas dúvidas de que se estão a pôr a jeito.
Se assim for, é um verdadeiro golpe de estado e devemos vir todos para a rua correr com essa corja.
À pedrada, se necessário.

28 de setembro de 2009

Afinal ganharam todos

É costume, na noite eleitoral, cada partido fazer os mais variados contorcionismos e vir dizer-se vencedor em qualquer coisa. Para além dos que realmente ganham, porque têm mais votos, mais deputados e por aí, todos nos habituaram a proclamar alguma espécie de vitória, porque, mesmo perdendo ficaram à frente do outro, elegeram um deputado no distrito X, ainda que perdendo dois ou três no distrito Y, Z ou W.
Mas desta vez foi mesmo a sério. Ganharam todos.
O PS ganhou as eleições por ser o que obteve mais votos e mais mandatos.
O BE ultrapassou os 500 mil votos e duplicou a sua votação.
O CDS passou a terceiro e chegou aos dois dígitos.
A CDU aumentou a votação e ganhou um deputado.
O PSD que todos pensam que perdeu, na realidade, também ganhou. Ganhou a grande oportunidade de se livrar da Manuela e enterrar de vez o cavaquismo serôdio, com o alto patrocínio do próprio Cavaco.

Ruído do Roído


imagem daqui
Dizem que é uma espécie de surdez sórdida ensaiada sob telhados de vidro e rabos de palha. O esposo da prima donna que está temporariamente a fazer as vezes de presidente da república portuguesa dos maracujás faz lembrar a anedota de um tipo que numa visita a uma fábrica de cerveja caiu dentro de um tanque da dita e, antes de se afogar veio três vezes à superfície para pedir tremoços. Este vem quebrar o silêncio para dizer que se vai manter em absoluto silêncio. E assim será até se afogar no seu próprio emunctório.
Há uns anos disse a alguém bastante devoto de sua excelência que ainda estariam por fazer as contas dos prejuízos que Cavaco já tinha provocado ao país e à democracia. Quando foi eleito para Presidente da República, senti vergonha e vontade de pedir a demissão de português. Sempre soube que o homem não tem nível nenhum e não votaria nele nem para a administração do condomínio.
Com tudo o que tem acontecido está tudo à espera que Cavaco fale. Que explique os imbróglios em que se tem metido e os que tem encomendado. Para já não falar na sua proximidade ao Bando Português de Negócios manhosos donde retirou lucros mais avultados do que o alegado suborno do Freeport dividido por todos os suspeitos (familiares também incluídos). Está tudo à espera que o senhor fale, eu não. O escândalo é tão óbvio que não são necessárias escutas, nem óculos para 3D, nem nariz de longo alcance. A coisa é tão ruidosa; tão claramente visível; cheira tão mal... que o melhor é mesmo não mexer.
A única coisa que poderia dizer ao país era pedir desculpa aos que o elegeram e ainda acreditam nele e resignar ao cargo.

Não sei o que é que a nossa constituição prevê em termos da destituição do cargo de Presidente da República; se há em Portugal alguma espécie de impeachment, ou como se traduz em português este processo.
Cavaco já ofendeu tanto o cargo que ocupa que se arrisca a provar que qualquer galo de barcelos acompanhado de um chalavar de caranguejos desempenharia melhor aquele papel e as instituições funcionariam regularmente, mais veto menos veto, ao sabor dos ventos e das marés na sua ordem natural.
Na minha modesta opinião devia ser destituído através de um processo de impeachment.
Fica-me apenas uma dúvida de tradução: não sei se devia ser "empessegado" se "empichado".

Pausa de semibreve.

26 de setembro de 2009

De votos

Ainda estás indeciso e não sabes em quem votar?




Don't worry

BE

happy

2 de setembro de 2009

Prova de vida




Vim só dizer que...






... qualquer notícia sobre o eventual desaparecimento ou morte do Contador


é, obviamente, muito exagerada.


Fotos (de telemóvel) obtidas no concerto de Emir Kusturika + No Smoking Orchestra, no passado sábado, na marina de Albufeira. Uma verdadeira loucura onde o Kusturika, seriamente, finge que toca.