18 de março de 2009

Uma verdadeira besta em África

Há quem o trate por sua santidade, mas este ser tenebroso de nome Ratzinger é apenas o chefe de um estado remanescente do antigo império romano. E, para quem ainda tenha dúvidas, acaba de demonstrar que é uma verdadeira besta. Escolheu África, o continente onde a contaminação pelo VIH/SIDA está imparável, onde as crianças nascem para morrer com SIDA, insistir na sua senda contra o uso do preservativo, não hesitando em recorrer à mentira e à negação da evidência científica. Esta besta apela à condenação à morte de milhões de pessoas. Mais que Hitler (de quem, dizem, que foi fã na juventude), muito pior que Bin Laden. Devia ser julgado por crimes contra a humanidade.
Eu juro que me esforço por entender donde vem tanta perfídea e crueldade que se diz em nome de um deus que titulam de bom e mesericordioso. Não sou crente, mas sou capaz de subscrever muitos dos valores ditos cristãos, em pé de igualdade com muitos crentes de quem sou amigo. Leio a bíblia e não encontro esse fundamentalismo. Encontro alegorias interessantes, mas também histórias delirantes e prescrições que poderiam ter sentido em tempos e que hoje, a serem tomadas à letra, seriam evidentemente ridículas e hilariantes.
Interrogo-me sobre a possibilidade (e a sanidade mental) de alguém falar em nome de deus e espanta-me como tanta gente acredita. Não sou seguramente um iluminado; não serei eu a estar completamente certo e os que acreditam uns mentecaptos. Há aqui um mistério, não divino, mas da própria humanidade. Esforço-me, repito, por entender este mistério desde que me conheço.
Há tempos, numa pesquisa sobre a posição da igreja católica relativamente à educação sexual fui ter à encíclica Humae Vitae (Paulo VI, 1968) onde se explicita genericamente uma espécie de legitimidade que, não sendo de natureza política, nem científica, nem jurídica se pretende afirmar superior a todas elas:
Nenhum fiel quererá negar que compete ao Magistério da Igreja interpretar também a lei moral natural. É incontestável, na verdade, como declararam muitas vezes os nossos predecessores,(1) que Jesus Cristo, ao comunicar a Pedro e aos Apóstolos a sua autoridade divina e ao enviá-los a ensinar a todos os povos os seus mandamentos, (2) os constituía guardas e intérpretes autênticos de toda a lei moral, ou seja, não só da lei evangélica, como também da natural, dado que ela é igualmente expressão da vontade divina e que a sua observância é do mesmo modo necessária para a salvação.
Ou seja: Jesus disse a Pedro e aos apóstolos que deus lhe teria dito que as leis religiosas e naturais somos nós que as fazemos. É mais ou menos isto que proclamam os chamados doutores da igreja e que ao longo dos tempos justificaram atrocidades em nome de deus.
Não sei que sentido isto fará para um crente. Para mim, alguém que me diga que recebe orientações de deus, que deus lhe disse isto ou aquilo, até prova em contrário, está a viver um estado psicótico e, muito provavelmente a necessitar de ajuda especializada.

Se é isto que se passa com Ratzinger, averbe-se como atenuante e oriente-se o homem para ajuda terapêutica. Mas estou absolutamente convencido de que estamos perante uma verdadeira besta.

Sei que este escrito pode chocar alguns crentes e seguidores do seu papa. É um problema que terão que resolver. O que eu digo dessa besta é merecidamente insultuoso, porém não condena ninguém à morte.
Aos que se sentem como eu revoltados sugiro que se atirem preservativos contra o clero, à semelhança dos sapatos contra o Bush.

1 comentário:

Rosa disse...

É uma besta. Não gasto palavras (gosto demasiado delas) com bestas.

Rosa