Acho que natureza própria tenho tendência a pensar-me mais em movimento que parado. Apanho-me sempre a caminho de qualquer lugar, mesmo que seja um lugar interior. Nos últimos tempos tem-me apetecido muito parar. Parar-me e olhar à volta. Sentir os movimentos dos outros, adivinhar-lhes os passos e a respiração. E perceber com isso que também tenho um lugar onde posso parar e pertencer-lhe.
Talvez, por tudo isso, tenha acordado hoje com uma estranha energia e absolutamente convencido que o dia seria bom.
Esta vida é feita de muitos caminhos e paragens. E às vezes também vamos longe nelas.
Há um rio na minha vida. Recordo-o desde sempre com salgueiros nas margens. Há um rio na minha vida e tem cada vez mais pontes.
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