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E fui esgalhar o arinto o olho de lebre o boal de alicante a malvasia o fernão pires e sei lá que mais porque o meu mister não é bem chamá-las pelo nome...
Quando o sol mais teimava em lamber-me as espáduas e a sede se acendia na garganta parei na sombra para a saciar (o que dantes era um cântaro de barro agora são garrafas de plástico cheias de água fresca porque devidamente acondicionadas dentro da mala térmica).
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Não resisti. Lavei as mão e tirei o caderninho do bornal (não não é um moleskine...) e ali com as mãos a peganhar lavrei o verso com que se tapa o percurso dos anos duma ruralidade adormecida (acho que foi mesmo só para disfarçar...):
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Havias de querer beber-me agora
doce mosto
a meias com o meu suor salgado
3 comentários:
Uuótii?!
Fica combinado pá. Para o ano vou tentar encontrar vindimadeiras na net.
Há, muitas vezes, um Tempo de papel, um deles é aquele em que se escreve com tinta de uva... assim se dedilham palavras soadas no calor que desagua numa qualquer manhã...
Buganvília
Belo! Com o sabor do mosto alpiarçolho e o cheiro da irresestivel maresia.
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