12 de setembro de 2010

Serão. Seremos.

Ainda não tinha calhado ir aos serões do Convento apesar dos muitos convites do meu amigo. Fui hoje quando se comemorava o quarto aniversário desta iniciativa e fiquei com pena de ter faltado a quatro anos de encontros de gente com a cultura e a arte. Descubro que estou no meio de amigos, alguns já com décadas e sinto-lhes a alegria de fazer coisas e de se darem. Afinal, mais ou menos a mesma matéria com que se faz um poema na vida.
O Daniel, artista de Alte, conta estórias e ainda se lembra da letra de uma cantiga de quando percorria o país nas recolhas da música tradicional e canta "bate padeirinha do meu coração". A Tânia, economista e actriz canta, como quem respira, versos de Florbela e Natália. O Paulo conduz Outras Vozes de impressionante harmonia. O Mário traz-nos um bolero e uma cançaõ da Guiné de protesto ao trabalho escravo infantil. O Beto, angolano, mago das percussões desassossega-nos com ritmos quentes e envolve-nos em coros de Mama Makudelé. O Francisco tira do coro Ideias do Levante pérolas de dedicação.
O meu amigo ganhou esta aposta que enche de muitos amigos e, no final, numa cúmplice concessão à brejeirice ainda comentamos "e muitos mais caberão".
Força companheiro.

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