13 de fevereiro de 2010

Sob o signo do mar

O país está mesmo bom para esta imensa praia em forma de blogue.
Primeiro foi o cavaco, crustáceo muito apreciado que faz parte da ementa obrigatória de muitas paróquias. Um seu amigo dirá que quem nasce para cavaco nunca chega a lagosta.
O próprio cavaco criou uma ferreira que acabou por não resistir às grelhas da educação e ficou o caldo entornado, ou seja, leite derramado.
Depois passou por aqui um cherne, mas foi sol de pouca dura e foi para conserva enlatado com couves de bruxelas.
Agora temos polvo a todas as refeições e pelo andar das marés ainda vão correr muitos chocos com tinta.
Já uma certa jornalista que por aí se aloira lembra-me mais a taínha, ou a liça como também se diz por aqui. Sobrevive à babugem ali à saída dos esgotos da justiça.
E até eu às vezes gosto de me armar em carapau de corridas. Mas depois passa.
É um país abençoado por neptuno.

Pelo que tenho visto, há por aí muita gente a preparar uma nova ordem estupidológica em que tudo irá funcionar da melhor maneira.
Acabam-se finalmente as hesitações sobre a regionalização. O pais será dividido em três sadrapias, cada uma governada por uma SAD: a do Benfica, a do Sporting e a do FCP.
A justiça que toda a gente sabe que não funciona, tirando aquela parte de passar segredos aos jornais, vai ficar uma maravilha com meia dúzia de comarcas: a comarca TVI, a comarca SOL, a comarca Público, a comarca Expresso, e por i fora.
Ainda não confirmei esta informação, mas tudo indica que o presidente da república será substituído pela senhora de fátima, o parlamento pela conferência episcopal e o governo pelo coro infantil da santa casa da mesericórdia.
E cumprir-se-á Portugal com a graça de deus.

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