15 de junho de 2005

Até amanhã...


palavras que ficam coladas à história. Aprendi a palavra "Rumo" num panfleto clandestino a anunciar a vitória de um profético "homem novo".
Cresci a acreditar num "amanhã". Nunca entendi muito bem porque é que as utopias, sejam elas quais forem, se guardam sempre para amanhã...
Hoje não vou ao teu funeral.
Despeço-me:

Até amanhã...

3 comentários:

Anónimo disse...

É assim o esfumar de valores, contestáveis e discutivéis, mas inabaláveis.

Fui sentir a multidão. Os semblantes dizem muito e dizem também saber não vir a ter, tão cedo, alguém em quem depositar confiança pela rectidão do carácter e pela firmeza de ideais.

E fico com a certeza de que o Povo que escorrega na Avenida sabe quem morreu. Álvaro Cunhal.

Anónimo disse...

São vozes em canções, flores e bandeiras que sei de cor, dum outro tempo em mim. Cravo na memória diária a flor tatuada... Multidão irmã.
Hoje nasces outra vez. Reencontramo-nos aqui, teimosamente vivos.

Anónimo disse...

Tenho aqui uma palavra: GRANDE.
Deixa-me depô-la lenta e convicta sobre o passageiro da nossa viagem. Utópica? Seja. Se adiada, nunca cancelada. Selada em nós, como o respirar.