19 de outubro de 2004

Jota... de Jangada

Em ciadas noites, baías do desejar, deito às vezes os pensamentos sobre o mareio embalo e deixo-os na deriva errante das marés. Tenho uma jangada-cama e um lençol de estrelas de sessões contínuas. Os pensamentos navegam e entretecem-se com as coisas do mundo que pairam nos ventos mais agrestes, muitas vezes na corrente do desânimo, antes de se adormecerem, não do embalo, mas de cansaço. Só depois se evolam em sonhos transformadores.
Acho que é isso que faz nascer o sol todos os dias.