14 de novembro de 2005

Solário mínimo

O vento frio lembrou-me uma outra manhã. Aquela em que deixei um bilhete escrito "vou para a Patagónia" e que ninguém levou a sério porque eu sempre tive a mania de me meter na pele de outros para não estragar a minha. De caminho ainda passei por Passárgada onde tenho um amigo que se convenceu que é rei e anda nú por todo lado e ninguém parece reparar.
E fui assim de reportagem a uma convenção de pinguins em Bahia Mansa sob o (tema do) buraco da camada de ozono e outros estragos feitos ao mundo.
Aqui há um buraco chamado Portugal. E corre um frio em vias de subdesenvolvimento crónico.
Se o engenheiro Pinto de Sousa não tem um projecto para os portugueses que ganham apenas o salário mínimo poderem ganhar quinhentos euros daqui a cinco anos o que está cá a fazer?
Dizem-me aqui que está à espera do Cavaco que há-de vir.
(o Godot manda dizer que está constipado)

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