20 de julho de 2005

Margens, j'arrive!...



De que noite demorada
Ou de que breve manhã
Vieste tu, feiticeira
De nuvens deslumbrada
De que sonho feito mar
Ou de que mar não sonhado
Vieste tu, feiticeira
Aninhar-te ao meu lado
De que fogo renascido
Ou de que lume apagado
Vieste tu, feiticeira
Segredar-me ao ouvido

De que fontes de que águas
De que chão de que horizonte
De que neves de que fráguas
De que sedes de que montes
De que norte de que lida
De que deserto de morte
Vieste tu feiticeira
Inundar-me de vida.
(Letra: Francisco Viana/Música: Luís Represas)

A noite quente soltava os corpos ao brilho da lua quase magna.
Tenho a certeza que à mesma hora estava a nevar sobre a marginal.
Dessa neve que não espera, na ânsia do derreter.
A água tem destas coisas...
E depois enrolo-me no feitiço que eu cá não sou de empatar feiticeiras.

1 comentário:

  1. Toda perdida
    dou partida
    'Fora de mão'.

    'Que valha a pena'
    'Mariana'.

    'Não ponhas o vestido',
    'acontece'
    que, o 'fogo de vista'
    d''o jogo'
    nada mais é que uma
    'prece'para a qual
    'ando em busca das palavras'.

    'A marca' que 'eu vi'
    diz-me,que 'da próxima vez',
    'nós vamos lá chegar'.


    *.*

    "Há por aí
    Tanta gente como eu
    E como tu
    Que sabe que não estamos sós

    De uma esquina
    Sai sempre uma outra rua
    Quase sempre
    Cheia de gente que sente

    Como eu
    Que vive muda nas palavras
    Como tu
    Que já não quer sentir mais nada
    Se ficares
    Algum tempo junto da janela
    Hás-de ver
    Que quem passa tem sempre um recado

    Ouve-me bem
    Que ha momentos em que parece
    Que tu vives num deserto

    Olha-me bem
    Dentro dos meus olhos podes encontrar
    Quem sabe um coração que bate
    Mais certo com o teu
    E com o de todo o mundo
    Pois se há só uma batida
    Pra nos guiar
    Nós vamos lá chegar

    Ha sempre
    Mais do que uma restea de luz
    Para quem
    Não passa da mesma verdade
    Como tu
    A porta está ali ao lado
    Da vontade
    De querer seguir em frente


    Como nós
    Estamos na mesma viagem
    Sem regresso
    Não saímos nas paragens
    Nem sabemos
    Os camihos que nos esperam
    Nem que pontes
    É que vão cobrar portagem"
    a)

    etrepe
    losidoiarmu

    Go

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