O orvalho aljofra
os bambús verdes.
Dir-se-iam lágrimas.
O vento dormente
perpassa no loto
fazendo tombar
uma pétala rósea.
Devagar a noite
estende o seu manto.
Pelo meu caminho
passam pirilampos.
Das bandas do leste
vem o canto suave
de uma flauta distante.
os bambús verdes.
Dir-se-iam lágrimas.
O vento dormente
perpassa no loto
fazendo tombar
uma pétala rósea.
Devagar a noite
estende o seu manto.
Pelo meu caminho
passam pirilampos.
Das bandas do leste
vem o canto suave
de uma flauta distante.
Huang Wan-Chiung (1712-1763)
China
Il pleure dans mon coeur
Comme il pleut sur la ville.
Verlaine
Comme il pleut sur la ville.
Verlaine

É verdade que a poesia pode servir para tudo. Até para comer. E ser seta envenenada na aparência bucólica e contemplativa dum lago chinês no século XVIII... E há setas fatais. O curare mata porque paraliza os músculos que nos fazem respirar. Morre-se de asfixia... e sem se matar a saudade lembrada na música que chega sobre as águas...
Estaciono o meu tapete. A vida segue dentro de momentos.
Les sanglots longs
ResponderEliminarDes violons
De l'automne
Blessent mon coeur
D'une langueur
Monotone.
Verlaine
Pensava ela sem pensar que não conseguia dizer desse seu tempo com que o Tempo a presenteava.
ResponderEliminarNada mais certeiro que os sons das gaivotas na boca do contador.
E havia um vazio que consentia em se preencher no chão derramado de um futuro cansado... espreguiçando-se.
Buganvília